quarta-feira, 21 de março de 2012

5 Filmes Com Escolas Problemáticas



Como o mês de março é mês de volta às aulas e nosso último post foi sobre um filme que se passa em um colégio, resolvi me estender sobre o assunto e falar sobre um sub-gênero que dominou tanto os cinemas nos anos 80 e 90 quanto os filmes de acampamento e os filmes de prisões (tanto masculinas quanto femininas): os filmes sobre escolas problemáticas. Aqueles em que sempre aparece um professor “salvador da pátria” para disciplinar os alunos e “lhes ensinar excelentes lições de vida”. Pena que não fizeram (até onde eu me lembro) um filme parecido no Brasil. Talvez porque aqui você não precisa ir ao cinema para ver uma escola caindo aos pedaços e aluno ameaçando mestre:


Ao mestre, com carinho (To Sir  with love) 1967

É o pai de todos os filmes desse gênero (Apesar de Sementes da Violência ser mais antigo, mas é menos famoso). Ao lado de “Adivinhe quem veio para o jantar” e “No calor da noite” é o filme mais famoso do Sidney Poitier. Deu tão certo, que uns trinta anos depois, quando esse tipo de filme virou febre, tiraram o coitado do negão da aposentadoria e fizeram uma continuação que se passava em uma escola de negros e latinos em Chicago. O primeiro filme se passava na Inglaterra em uma escola com alunos brancos e desmotivados lá nos longínquos e enfumaçados anos 60.
Esse aqui é "Ao mestre com carrinho" hohohohohoho [tio do pavê mode ON]
 Esporte Sangrento (Only the strong) 1993

Até o lançamento do filme nacional Besouro, era o único filme de artes marciais que dava destaque para a capoeira (uma capoeira misturada com kickboxer, mas vá lá). É um filme tão “curioso” que mereceria um texto só para ele (talvez ganhe), mas só para encurtar, o chefão do tráfico nesse filme diz que aprendeu a lutar “na favela mais perigosa do Rio de Janeiro” hahahahahahaha até parece, viu...
Recentemente fizeram uma nova versão desse filme, só que em vez de ensinar capoeira, o professor ensinava “tango” e em vez de ser um casca-grossa igual o Mark Dacascos era o bunda-mole do Antonio Banderas (Vem Dançar 2005), mas a idéia é basicamente a mesma: professor de fora ensina um lance para os alunos negros e latinos para discipliná-los e não deixarem fazer coisa errada.
Thammy Gretchen também fez uma participação em "Esporte Sangrento"
 Os donos do amanhã (Class of 1984) 1982

Ao contrário dos filmes anteriores, não se passa em uma escola de negros e latinos, e sim, em uma escola de PUNKS, tão “bem” retratados no cinema como as minorias já citadas. Um bem-intencionado e dedicado professor de música vai parar em uma escola dirigida por BUNDÕES onde os arruaceiros deitam e rolam e vendem drogas livremente pelo corredor até o momento em que o mestre chega no seu limite e sai na mão com os caras. Dirigido pelo mesmo cidadão que cometeu “Comando para Matar” (Mark Lester) e apresentando um Michael J. Fox novinho e desconhecido que sofre BULE do PÓNQUIS, esse é um típico filme exagerado e violento dos anos 80. Só não é mais violento que o filme seguinte dessa lista.

Opa galera! Atrás não! Atrás é mancada!
 Battle Royale (Batoru Rowaiaru) 2000

Além de ser mais sangrento do que “Os donos do amanhã”, esse filme é a prova de que japoneses são sem-noção. Devido aos altos índices de violência nas escolas, o governo nipônico resolve adotar uma medida que deveria ser regulamento de qualquer reality show: Isola um grupo em uma ilha. Ou volta apenas um ou não volta ninguém. Além de eliminar essa praga chamada “ex BBB/Fazenda/NoLimite” ainda desencorajaria outros trouxas a se inscreverem nessas merdas. O professor no caso é o diretor e ator de cinema Takeshi Kitano, que eu simplesmente não consigo acreditar que antes de começar a rodar seus filmes de ação atuava como comediante, pois o bicho é carrancudo até a medula. Vai ver o “humor” dele consiste em bater nos outros ou aremessá-los num tanque de escorpiões, tipo aqueles programas de auditório que tem lá no Japão.
Takeshi Kitano é o Muricy Ramalho do Japão "Aqui é massacre, meu filho!"
 Mentes Perigosas (Dangerous Minds) 1996

Não é nem de longe o filme que deu origem a febre dos filmes em escolas problemáticas. Antes dele já tinha aquele filme do Morgan Freeman e até um filme com, pasmem, James Belushi (que isso!), todos com um professor bem-intencionado que encara a dura missão de disciplinar um bando de arruaceiros. Só que esse é, seguramente, o mais famoso de todos, não só por ser uma PROFESSORA em vez de um professor, não só por mostrar a Michelle Pfeifer fazendo o papel de uma mulher durona, bem diferente dos seus papéis anteriores, mas principalmente pela música-tema, “Gangsta’s Paradise”, que rendeu uma porrada de prêmios para o seu intérprete Coolio, que deveria ter dado todos esses prêmios para o Stevie Wonder, pois se não fosse o sample da excelente “Pastime Paradise”, composição do Estevão Maravilha, jamais que esse rap faria tanto sucesso, por melhor rapper que fosse o Coolio:

E se fosse a música do Coolio e o filme, jamais o “Weird” Al Yankovic faria essa obra-prima chamada Amish Paradise:

 Inté Quarta-Feira macacada!

1 comentários:

Bruno Rios disse...

Battle Royale foi lançado em DVD no Brasil, com o nome de Batalha Real. É um filmaço, diga-se de passagem.
Ah, e "Amish Paradise" é demais!

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