Fonte: Filmes para doidos |
O filme é tão tosco, mas tão tosco que a abertura dele, onde aparece o nome do filme e tal, é esse cartaz aí em cima, num fundo preto com um narrador em off (#SériasRestriçõesOrçamentárias). A história (ou um arremedo de história) é pior ainda: o palhaço Rolinha (!) interpreta um alienígena que deve transferir a um terráqueo o "poder de fazer o bem" (que merda é essa? O Sílvio Santos já não fazia isso dando próteses e cadeiras de rodas na "Porta da Esperança").
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Para nossa infelicidade, o escolhido é o tonto do Sérgio Mallandro que antes de receber o poder deve cumprir uma missão DE EXTREMA IMPORTÂNCIA: RESGATAR O CHIMPANZÉ DA TININHA!!! (É amigo! Enquanto o Indiana Jones tinha que procurar a arca perdida, o cálice sagrado e coisas do tipo, o nosso herói tinha que correr atrás DUMA DROGA DUM MACACO. Depois vocês reclamam quando o Stallone faz piadas com a gente).
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O problema é que quem também está atrás do poder de fazer o bem é Dom Pedro, interpretado (!) por Pedro de Lara e tenta de todo jeito atrapalhar o Mallandro (porque diabos um vilão quer o poder de fazer o bem é um mistério mais bem guardado que a idade da Glória Maria)
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É basicamente isso o filme. Não tem nem o roteiro direito e é mesmo que tivesse, o Serginho rasgava e pisava em cima. Quem já o viu na TV sabe que Sergio Mallandro é incontrolável. Simplesmente não para quieto, faz todo tipo de estripulia em cena: chama o alienígena de "Super Bota-Ovo", arranca o bigode de um ator em cena, dá tapa na careca de um outro, na casa da Tininha, que é a namoradinha do Sergio no filme, ele joga a empregada e a patroa dentro da piscina, sobe em cima da sala de jantar, tira a peruca do sogro, age igual um retardado, faz de tudo um pouco, menos procurar a porra do macaco que ele devia fazer desde o começo do filme.
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O baguio é tão sem pé nem cabeça, que do nada Serginho Mallandro resolve fazer um show na praia assim do nada, mera desculpa para apresentar as atrações musicais do filme: o próprio Mallandro, Mara Maravilha, Palhaço Carequinha e Banda Absyntho. O filme é tão pobre que o tecladista apóia o seu instrumento (instrumento musical, hein!) numas caixas de Guaraná Brahma. Se não acredita olha aí no vídeo, lá pelos 4:00:
A bateria é só um prato e a caixa. Não tem nem amplificador, é só os caras fazendo umas macacadas com o Paulo Cintura no palco enquanto rola o playback, véi! Pior que os Mamonas Assassinas no
Dominguuuuuuuuuuuuuuuu legal! Dominguuuuuuuuuuuuuuuuuu legal! Dominguuuuuuuu leg... Tah! ja entenderam. "Domingo Legal".
Por falar em trilha sonora, a desse filme é um caso a parte. Só a música tema já é suficiente pra avacalhar com o filme todo. É um sambinha cantado por umas crianças que é mais ou menos assim: Ele é malandro/Mas é também um cara muito legal/Quando chegar vai levantar seu astral/Tremendo cara de pau. GOSTA SÓ DO NATURAL/É CONTRA O ARTIFICIAL (quer dizer que ele não sai com siliconadas?). Que droga é essa? As músicas que o Mallandro interpreta no filme são : "Eu quero ser o seu neném" e "Trique-trique de amor", que conseguem a proeza de serem mais ruins que "Vem fazer gluglu".
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É tanta porcaria nesse filme que se eu fosse contar tudo iria escrever um livro, então só vou adiantar duas coisas: 1 - O Mallandro acha o macaco; 2 - O Mallandro sofre uma decepção tão grande lá pelo final do filme, que chega a ser canalhice colocarem uma cena tão triste em um filme pra crianças. Quem quiser ver uma crítica mais detalhada do filme, pode verificar em Filmes para doidos, quem quiser ver o filme inteiro, pode conferir You Tube. Deixo vocês com mais uma amostra do que é essa pérola do cinema brasileiro: uma sequência que mostra que Alexandre Frota sempre gostou de traveco:
Cotação: (*) (*) (*) (*)
1 comentários:
Na verdade, a frase 'gosta só do natural, é contra o artificial', naqueles idos de 1986, significam também que ele 'queima um baseado, mas não cheira pó.
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